sábado, 5 de dezembro de 2009

Deus (Geraldo Vasconcelos) e suas diatribes:

Outro filme Cult pornô!
Deus, como cinéfilo e amante das belas artes está atento! A beleza e a literatura invadem o pornô!
São, inicialmente 3 japonesinhas, colegiais...como sempre o velho estereótipo das japonesinhas e colegiais...(há tb das adolescentes inocentes, das virgens...)
Uma delas galga lentamente (o tempo aqui é senhor!) uma imensa escadaria de um velho prédio abandonado – o som ao fundo é de Wagner! – ao tempo em q vai se despindo..,.(o tempo apagado, a inexistência, o n-viver, Bergman redivivo!)
Alcança o topo onde encontra um velho escritório de advocacia...(as alusões ao viver burguês permanecem...o filme é todo um libelo contra o neoliberalismo!)
A seguir relaciona-se sexualmente com um até inanimado e inexistente ser humano....(n há orgasmo..e o falo do homem sugere, sem querer, o desmatamento da Amazônia e a vagina da mulher, lembrando Bergman e Sartre, a solidão inerente aos q pensam)
(en passant, surge um telefone desconectado, lembrando o nosso passado de herbívoros...e uma alusão inesperada a Godard e a Antonioni)
O macho come a mulher mas nega-se a relação anal, pois isso contrairia os ditames de mainha (mainha, certa vez, orientou-lhe a comer só cenouras e legumes crus...)
Corta e reaparece a fêmea sendo surpreendida seminua...(é quando lembramos o nosso Glauber...e a lembrança do Milton Santos e de Saramago reaparecem...)ela começa a agredir o seu macho e depois, surpresa!, deixa-se ao sexo oral...(sua vagina aparenta um certo desprezo ao viver...aliás, toda a película é um elenco ao desviver, a impotência...um vídeo deveras existencialista...embora, cumpre dizer, com passagens do realismo mágico...)
Segue...
Ela, depois de agredir o homem, empunha um imenso falo plástico e o enraba. Ele gosta pois goza ao final! Ei! Esse filme eu já vi! É uma reedição!
E finaliza c a mesma adolescente sendo bolinada por outro macho imbecil...
Em tempo! Há continuações! E Deus recusa-se a resenhar essas novas películas!(Há outras prioridades...como, p. ex. , dizer ‘Adeus’ sem relembrar Casablanca, reler ‘Nuestra vida em Sierra...’jogar ao lixo, c desdém, um exemplar de ‘ o ser e o nada’...)

...o fato é q estar em si mesmo equivale a estar em conluio com o ‘outro’. ..a existência existe tb independente de nós mesmos...seriamos dependentes de nossa própria carência ante o ‘outro’...pois ‘ela’ seria visceralmente contra o pudor feminino..mas, ao reviver-se, ‘ela’ destruiria seus imensos castelos e poderes (e n saberia-se poderosa e tênue: apenas mulher...)

Madre, me apena verte así
el quebrado mirar de tus ojos azul cielo
en silencio implorando que no parta.


Madre, no te apenes si no vuelvo
me encontrarás en cada muchacha de pueblo
de este pueblo, de aquel, de aquel otro
del más acá, del más allá
talvez cruce los mares, las sierras
las cárceles, los cielos
pero, Madre, yo te aseguro,
que sí me encontrarás!
en la mirada de un niño feliz
de un joven que estudia
del campesino en su tierra
del obrero en su fábrica
del traidor en la horca
del guerrillero en su puesto
siempre, siempre me encontrarás!

Mamá, no te pongas triste,
Tu hija te quiere.
Soledad Barrett


Traduzo em minhas palavras, e se você quiser pode apresentar para todos. Este poema diz muito sobre ela, monta a sua personalidade.

Mãe, me entristece te ver assim
o olhar quebrado dos teus olhos azul céu
em silêncio implorando que eu não parta.


Mãe, não sofras se não volto
me encontrarás em cada moça do povo
deste povo, daquele, daquele outro
do mais próximo, do mais longínquo
talvez cruze os mares, as montanhas
os cárceres, os céus
mas, Mãe, eu te asseguro,

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